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Arte sacra bizantina: significado e poder

Conteúdo:

riunda da Antigüidade helenística e romana, a arte sacra bizantina foi essencialmente religiosa. O espaço arquitetural era aproveitado em função do jogo de luz e sombra e, reluzindo de ouro, o mosaico destaca a arquitetura. Distinguem-se três períodos principais:

1. O período justiniano (527-565)

Corresponde à fixação dos grandes traços dessa arte imperial. As plantas arquitetônicas diversificaram-se: planta retangular com armação, ou centrada, com número de naves variável e coberta com uma cúpula. Santa de Constantinopla, atribuída a Artêmios de Tralles e Isidoro de Mileto, é o templo mais notável dessa época, ao lado das igrejas de Ravena e Santa Catarina do Sinai. A crise do iconoclasmo, caracterizado pela rejeição da representação do divino, favoreceu o monaquismo e o aparecimento da escola capadociana.

2. A renascença macedônica (867-1057)

A arte sacra imperial humanizou-se: os santuários passaram a ter proporções menos imponentes, mas a planta em cruz inscrita chegava à perfeição e tornava-se perceptível do exterior. Colocada sobre pingentes ou sobre trompas de ângulo (porção da abóbada que sustenta uma parte saliente do edifício), a cúpula é sustentada pelas abóbadas em berço ou abóbadas em aresta. Na Grécia, Dáfni, São Lucas na Fócida e os Santos Apóstolos de Atenas são exemplos desse tipo, assim como a igreja do Pantocrator, em Constantinopla. As artes menores são testemunhos de um luxo refinado. Foi sob o reinado dos Comnenos que foram erguidas as numerosas igrejas da Iugoslávia (Ohrid, Nerezi, etc.).

3. O período dos paleólogos (1258-1460)

Realismo e decoração narrativa tenderam a generalizar-se. As cenas estão plenas de personagens (mosaico de São Salvador-in-Cora . hoje Kahriye camii, de Constantinopla); os afresco multiplicaram-se. Os grandes centros de arte sacra bizantina são Tessalônica, Trebizonda e Mistra.

Apesar do desaparecimento do Império, a marca da arte bizantina manteve-se nas regiões mais diversas, como o monte Atos, a Iugoslávia, a Bulgária, a Romênia e a Rússia, a qual continuaria a produzir notáveis ícones.

4. A arte sagrada dos ícones

Desde o aparecimento dos ícones na história da Igreja, estes não eram considerados como uma mera obra artística. Os primeiros iconógrafos, tratavam de retratar com cores e pinturas o que os Evangelhos expressavam com palavras (Concílio de Nicéia II). Contudo, os ícones e, em geral, a cultura bizantina, é uma mescla de cultura, arte, historia, fé... que se faz viva no coração dos habitantes do Império. Desde os Imperadores até a pessoa mais humilde, viviam a experiência dos ícones como expressão da fé de um povo que experimentava diariamente a intervenção de Deus, da Theotokos e dos Santos na sua vida cotidiana, tal como viviam as primeiras comunidades cristãs de Jerusalém. Toda a cultura bizantina: arquitetura, escultura, pintura, bordados e manuscritos, entre outros, está iluminada por essa fé que impregna cada uma das atividades e da vida dos habitantes do Império.

5. Oriente e Ocidente: iconógrafos e artistas

Enquanto o Ocidente expressa essa fé vivida mediante a experiência pessoal do artista, o Oriente atem-se aos cânones estabelecidos pela Igreja. O primeiro expressa sua própria experiência e os próprios sentimentos que experimenta sua fé, pintando com total e absoluta espontaneidade qualquer motivo religioso que lhe é sugerido, solicitado ou que, simplesmente, expresse o que ele sente ou experimenta. No Oriente, os iconógrafos, seguindo os ensinamentos do Mestre Dyonisios e, em geral, as determinações da Igreja, buscam reproduzir as mesmas passagens dos Evangelhos, omitindo qualquer experiência ou sentimento pessoal vivido, tratando, simplesmente, desde uma profunda vida de oração, expressar o conteúdo dos Evangelhos. Os iconógrafos, antes de a iconografia ter passado a ser objeto de ocupação de pessoas amantes das artes manuais eram sempre monges e a iconografia uma função conferida pela Igreja. A tarefa do iconógrafo sempre foi comparada ao do sacerdote. Primeiro porque ambos pregavam a Palavra de Deus, o primeiro com a pintura e as colores, o segundo mediante a palavra ou a escritura. Os Primeiros Ícones Cristãos.

Após a morte e a ressurreição de Cristo a fé nova espalhou-se rapidamente durante todo o mundo romano e o Oriente Médio. As histórias dos Apóstolos e das testemunhas que tinham conhecido Cristo davam descrições de sua aparência. Em algum ponto as pessoas começaram a criar e distribuir pinturas de Cristo. Estas incluindo também seus discípulos e os mártires da fé cristã.

Havia também umas pinturas muito antigas de Pedro e de Paulo. Entretanto, a igreja ficou um tanto dividida sobre as imagens de Cristo.

Um sínodo espanhol local em 305 decretou que essas pinturas fossem proibidas. Entretanto, o número dos exemplos das pinturas da Natividade e das alegorias dos pastores, da Anunciação ao redor de 250, mostra como as pinturas cristãs se tinham tornado conhecidas. O crescimento das imagens era simultâneo com o desenvolvimento da doutrina da encarnação de Cristo. Podemos razoavelmente supor que estas pinturas de Cristo e de seus santos eram, no começo, vistas simplesmente como representações realísticas das pessoas; tal como ocasionalmente vemos fotografias hoje em dia.

Muito rapidamente determinadas características de Cristo e dos santos foram estabelecidas como modelo para descrições futuras. Por exemplo, Pedro o Apóstolo é mostrado ligeiramente calvo, com cabelos anelados cinzentos e uma barba. Paulo é mostrado mais calvo na parte dianteira com cabelos castanhos retos, uma barba, garganta grossa e às vezes com um pouco de barriga. Estas imagens tiveram origem mais precisamente em Roma, onde as pessoas conheciam os dois apóstolos e suas aparências físicas. Um exemplo de um ícone pioneiro de São Pedro é mostrado ao lado. Acima dele estão os ícones circulares de São João, Cristo e a Virgem.

No início da era cristã havia duas imagens de Cristo que foram estandardizadas mais ou menos. Uma era de um jovem, idealizada e limpa, o tipo raspado do "herói". A segunda era a imagem que nos é tão familiar - um homem com seus 20 ou 30 anos, cabelos longos amarrados atrás, barba lisa, testa alta, nariz longo, e vestido com um manto solto, comprido.

Estas imagens eram colocadas em lugares visíveis por toda a cidade. Representavam a presença do imperador e de seu poderio. O incenso e o sacrifício eram oferecidos freqüentemente a estas imagens para provar a devoção de uma cidade a Roma ou à família imperial. As pessoas que queriam dar uma mostra de sua lealdade faziam o mesmo em suas próprias casas.

Todavia, poucas pessoas acreditavam realmente que o imperador era um deus. O fato de os cristãos se recusarem a oferecer o incenso ou o sacrifício era visto como um ato de traição. Muitos cristãos preferiam morrer do que adorar a imagem do imperador. Não se sabe exatamente quando as pinturas de Cristo começaram a fazer parte em muitos dos atributos da realeza, mas em alguns casos as vestes de Cristo foram transformadas nas cores reais de azul e o roxo imperial, quando se sentou no esplêndido trono. Em torno de sua cabeça brilhou um halo dourado com os raios que mostram os braços da cruz. Os halos vieram da Pérsia e por muito tempo foram considerados como um símbolo da divindade ou da santidade.

O primeiro ícone mostrado ao lado foi pintado em cera colorida com espátulas quentes. O manto foi pintado em púrpura imperial, cuja cor era recervada apenas aos imperadores. His hand is raised in blessing and he holds a gold-covered gospels encrusted with gemstones. O ícone provavelmente data do reinado do Imperador Justiniano (527-565) e pode ser uma dedicatória dele ao Monastério de Santa Catarina, que ele mandou construir por volta de 548. O ícone no centro é da Santíssima Virgem acompanhada pelos Santos Theodoro e Jorge. Atrás, anjos observam a mão de Deus saindo das nuvens. Esses três ícones mantém as características de autênticos retratos.

6. Ícones do período médio bizantino

No princípio do século 8 irrompeu uma controvérsia terrível na igreja ortodoxa sobre o uso dos ícones na adoração e na oração. Os dois lados na batalha foram chamados os iconoclastas (quebradores de imagens), e os favoráveis aos ícones. O argumento sobre os ícones foi discutido na igreja durante cem anos. Os iconoclastas diziam que os ícones eram adorados, enquanto os favoráveis achavam que era somente veneração. A palavra grega para veneração é proskynesis, e essa mesma veneração era concedida ao imperador. Reverencia, saudação e respeito, mas não era adoração.

O Imperador Constantino através de um edito em 730 decretou a proibição dessas imagens. Esta proibição era ilegal e representava que, pela primeira vez, um imperador influía diretamente nos casos da igreja, ignorando os outros patriarcas, inclusive o papa em Roma.

O edito foi observado estritamente em Constantinopla. Mas, em 843, essa proibição foi revogada, com a vitória total dos ortodoxos.

Durante o Período Iconoclasta a tradição inteira da pintura dos ícones foi amplamente prejudicada. Podemos supor que os ícones criados durante esse período tinham um ar mais austero, talvez mesmo um tanto severo na aparência, considerando que nessa época quase todos os ícones eram produzidos nos mosteiros pelos monges.

Quando os pintores de ícones se tornaram livres para trabalhar abertamente, após a revogação de 843, é evidente que começaram a aparecer encomendas. Muitas igrejas precisavam imediatamente de decoração. Passaram-se muitos anos para os artistas voltarem a dominar a técnica e os estilos tradicionais. Os materiais para a pintura e o trabalho do mosaico tornaram-se difíceis de encontrar. Os ícones eram pintados na têmpera em ovo, no mosaico, no marfim, no vidro, no mármore, no ouro e em pedras preciosas. Nessa ocasião, o ícone ao lado foi criado sob encomenda na galeria sul de Hagia Sophia, por volta de 1185. A arte de Bizâncio tinha alcançado um refinamento e uma beleza talvez nunca antes conseguida. O mosaico descreve Cristo entronizado como Pantocrator; na esquerda (não mostrada) está Maria, mãe de Deus e João Batista (também não mostrado aqui). Considerando a posição do mosaico, e a qualidade própria do trabalho, este é o produto de um dos artistas famosos desse tempo. Infelizmente, como com a maioria da arte iconográfica, nós não sabemos o nome de seu autor. Este mosaico é, talvez, a realização artística mais delicada de Bizâncio e é tido como um dos trabalhos de arte mais importantes no mundo.

Este nível de realização perdurou após a conquista de Constantinopla pelos cruzados latinos em 1204 e durante a reconquista da cidade pelo imperador Miguel Paleologius em 1261. Entretanto, após cem anos da reconquista da cidade o estilo e a qualidade da pintura parecem declinar. O segundo ícone ao lado data de 1363 e é típico do trabalho dessa época.

Mostra Cristo Pantocrator virtualmente na mesma modalidade que o mosaico de Hagia Sophia, mas o desenho é inexpressivo, a coloração é um tanto exagerada e o ícone tem um sentimento quase desajeitado. As duas figuras pequenas na parte de baixo do ícone são de dois oficiais elevados da corte bizantina. Estes dois cavalheiros são mostrados como fundadores de um mosteiro dedicado ao Pantocrator, sendo que este ícone, provavelmente, pode estar associado com essa fundação.

O último ícone (mosaico) vem também da galeria superior de Hagia Sophia. Data do reinado do Imperador João Comnenus e é da Virgem "Nikopeia". Era o ícone sagrado dos imperadores de Bizâncio que o carregavam com eles durante as batalhas. Estas são cópias ampliadas dos mosaicos originais, que foram roubados durante o saque de Constantinopla pelos cruzados em 1204. São mostrados como relíquias no lado esquerdo do altar da Catedral de São Marcos em Veneza.

7. O crepúsculo de Bizâncio

Nos primeiros tempos do Império Bizantino não houve, a bem dizer, unidade na cultura. Uma infinita variedade de motivos, formas, coloridos, testemunhava uma prodigiosa miscelânea étnica: quadros egípcios, ornamentos sírios, mosaicos de Constantinopla, afrescos de Tessalônica, por todo o lado a marca profunda das tradições seculares. Placa giratória entre a Europa e a Ásia, Bizâncio sofreu a vigorosa influência das civilizações orientais. A arte antiga e a cultura persa e árabe marcaram muitas obras-primas da arte bizantina com um toque inigualável. Durante séculos, Bizâncio foi um enorme cadinho onde se fundiram as correntes culturais de toda a Bacia mediterrânea e do Oriente Médio, mas que, por seu lado, exerceu a sua influência no desenvolvimento da cultura e da arte em diversos povos da Europa e da Ásia.

No século VI e princípio do século VII surgiram importantes obras históricas. Procópio de Cesareia, contemporâneo de Justiniano I, traçou um pormenorizado quadro da sua época. Na sua História secreta, ao contrário do que fizera nas suas outras obras, em que fazia o elogio do Imperador, Procópio relata os sofrimentos do povo e denuncia a venalidade dos funcionários e o deboche da corte.

Inúmeras obras de tradição oral cultivadas pelo povo não chegaram infelizmente até nós, mas os numerosos monumentos da arte bizantina que podemos admirar testemunham o gosto e mestria dos seus autores. Toda a riqueza da arte popular está revelada nos artigos de artesanato. As sedas eram ornadas com motivos de cores vivas; os artesãos trabalhavam a madeira, o osso, a prata, a cerâmica ou o mármore, tirando a sua inspiração do mundo vegetal ou animal. As paredes das igrejas estavam cobertas de afrescos de cores vivas, ainda livres de estilização. Os mosaicos do palácio imperial, por exemplo, reproduziam com muita verdade e calor certas cenas da vida rural. A iconoclastia deu um rude golpe na pintura religiosa acentuando ao mesmo tempo os assuntos profanos. Iluminuras cheias de dinamismo e de expressão ornavam as folhas dos livros.

Nos seus primórdios, os monumentos da arquitetura bizantina revelam uma forte influência da arte antiga. A maravilhosa igreja de Santa em Constantinopla é disso o mais perfeito exemplo. Foi construída no reinado de Justiniano, por Isidoro de Millet e Antêmio de Tralles e dedicada à Sabedoria Divina (Sophia). Esta basílica imensa é inundada pela luz que penetra pelas quarenta janelas rasgadas no contorno da alta cúpula. A sua abóbada coroa o edifício à semelhança do céu. Simbolizava o poderio e unidade do império cristão. No interior, Santa está suntuosamente decorada com mármores polícromos, mosaicos, afrescos resplandecentes e magníficas colunatas.

Em 13 de abril de 1204, os cruzados, vindos da Terra Santa, decidiram invadir Constantinopla. A cidade sucumbiu e sofreu um bárbaro saque. Metade da capital estava em escombros, enquanto a outra era devastada e pilhada. Os habitantes foram dizimados; dezenas de monumentos de arquitetura antiga, de inigualável beleza, perderam-se para sempre. Os cruzados saciaram-se com o sangue. Avaliou-se em mais de 400 000 marcos de prata a parte do saque que foi sistematicamente partilhada entre os cruzados, sem contar com as riquezas roubadas arbitrariamente e com o que ficou para os Venezianos. Um escritor bizantino, testemunha do saque de Constantinopla, dizia que os muçulmanos tinham sido mais misericordiosos e menos ferozes do que os cruzados.

O Império Bizantino desfez-se em pedaços. Os cruzados criaram o Império Latino. Surgiram Estados Gregos no Epiro e na Ásia Menor, que iniciaram imediatamente a luta contra os conquistadores. Depois da partilha de Bizâncio, os cavaleiros ocidentais recusaram-se a continuar a cruzada. Já não fazia qualquer sentido que se enfrentassem novos perigos. Só o Papa manifestou algum descontentamento, que não durou muito tempo; perdoou este "licenciamento" aos cavaleiros, na esperança de poder submeter a Igreja Bizantina à Santa Sé (os cruzados achavam os bizantinos uns hereges porque não aceitavam a autoridade do Papa).

Muitos artistas estavam entre os milhares de refugiados de Constantinopla. Vários desses artistas foram aproveitados nos impérios gregos que se formaram em Nicéia, em Trebizonda e em Mistra. Nestas cortes, especialmente em Nicéia, as artes floresceram rapidamente. Um estilo novo da arte bizantina emergiu nos Balcãs, Grécia e Ásia Menor. O ícone ao lado do Arcanjo Gabriel é um bom exemplo. Os destaques brilhantes no rosto e na roupa são típicos desse tempo e adicionam um movimento, quase nervoso, ao ícone. O estilo é do período dos Paleólogos.

Mas o Império Bizantino não podia voltar a ter o seu antigo vigor. Os seus recursos materiais tinham sido completamente pilhados. Incendiada, meia deserta, com os seus palácios em ruínas e as praças cheias de mato, Constantinopla já nada tinha da sua magnificência passada. A "rainha das cidades" já não existia. O capital comercial italiano triunfava sobre os ofícios locais e sobre o comércio. Veneza estava solidamente estabelecida no rico arquipélago e em algumas cidades do Peloponeso.

O ícone abaixo de São Cirilo é de São João Crisóstomo, um bispo de Constantinopla que viveu no século V. Sua testa ampliada, olhos minúsculos e rosto comprimido, são mostrados em uma forma exagerada e maneirista, características típicas da arte do período dos Paleólogos.

Abaixo do ícone de São João, um detalhe de um mosaico grande de São Jorge que fica na abóbada da igreja de São Salvador-in- Cora. Embora o rosto tenha o mesmo olhar suave e idealista do santo que tinha sido aceito pelos Cânones artísticos bizantinos por quase 1000 anos, determinados elementos na figura, tal como a cabeça ovalada, e as vestes excessivamente decoradas são marcas do período dos Paleólogos mostrado aqui em seu apogeu.

A imagem seguinte ao lado mostra a Virgem Theotokos que segura Cristo firmemente contra seu rosto. É uma pintura angular que talvez mostre a maestria do artista, que desenhou provavelmente a figura à mão livre, sem referência aos livros padronizados usados freqüentemente pelos artistas mais ou menos certos de seu talento. É um ícone curioso; o olhar indireto da Virgem parece distraído. Conscientemente ou inconscientemente, a representação do artista do Theotokos reflete a incerteza do tempo em que foi pintada.

Os historiadores da arte concluíram que as últimas décadas da arte de Bizâncio - aqueles anos que conduzem à conquista da cidade pelo sultão otomano Mehmet II, em 29 de maio de 1453 - foi um período difícil para a proteção da arte, considerando que uma tentativa válida foi feita para conservar o legado antigo de Bizâncio. Em um dos últimos estágios do império tentaram reacender a cultura que tinham herdado da Grécia, Roma e Bizâncio medieval. Por alguns anos a chama queimou-se brilhantemente. A última imagem ao lado mostra o detalhe de uma pintura da Natividade que decorava uma das igrejas de Mistra antes da invasão turca. A imagem da Virgem Theotokos é uma das mais intensas que temos do Império Bizantino. Mostra o gênio artístico que a cultura de 1100 anos de Bizâncio manteve em seus anos crepusculares.

 

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